O meu filhote está em casa desde Quinta-Feira. Falei com o Pediatra, expliquei-lhe o que se estava a passar e combinamos que se para a semana estivesse tudo igual tomaríamos outras medidas por forma a que ele dormisse.
Já falei disto num comentário mas não nos post :
Na Quinta-Feira, depois do meu filho muito me pedir para mudar de escola e de me indicar peremptoriamente para onde queria ir, marquei uma reunião com o Director do Conselho Executivo, foi formidável, na escola onde ele está ainda não encontrei ninguém assim. Conversamos bastante tempo, expliquei-lhe tudo o que se tem passado, disse-lhe que já falei com o meu filho e lhe disse que mudar pode não resolver, expliquei-lhe tudo, mesmo tudo. Falei-lhe da minha preocupação de ele estar a começar tão mal o 1º ano, que tenho medo que ele se "perca".
Disse-me que tinha vaga para ele. Acho que os meus olhos até brilharam!
Combinamos que na Segunda-Feira iria com o meu filhote ver a escola. Prontamente se disponibilizou em falar, no dia de ontem, para a será a nova professora caso tudo corra bem na Segunda-Feira, e falou! Já falei com ela ontem e já sabia de tudo o que se estava a passar. Se tudo correr bem pode começar na Terça-Feira.
Vou lá logo de manhã para que depois possa tratar da transferência , ir buscar as coisas dele à escola e para lhe comprar livros novos (os manuais adaptados não são os mesmo, é normal).
O meu filhote está mais calmo, mas ainda não totalmente. Pergunta se tem de voltar à escola para ir buscar as coisas, expliquei-lhe que não, que farei tudo sozinha. Questionei-o se se queria despedir de alguém, disse-me que não, que não quer lá voltar.
Tentei tranquiliza-lo mas estás com medos perfeitamente inexplicáveis (eu pelo menos não os entendo), ele até manifestou o medo de a professora não querer devolver as coisas dele para o reter lá, vejam se isto tem cabimento, mas ele manifesta estes medos, expliquei-lhe que ela não fará isso. Perante a insistência dele em imaginar um cenário assim expliquei-lhe que imaginando que isso aconteceria eu chegaria lá pegaria nas coisas dele e viria embora. Insistiu para eu imaginar um cenário pior...
- Filho, isso não vai acontecer, não penses nas coisas assim!
- Mas imagina, imagina que não conseguias trazer as minhas coisas?
- Oh filho, se não conseguisse... mas eu vou trazer não te preocupes... se não conseguisse comprava tudo novo!
- Ahhhhhhhhh ... encontras tudo igual?
- Sim, iria aos mesmos sítios.
- Mas há mamãs que não podem comprar tudo novo!
- Pois há, infelizmente!
- Mas vais lá sozinha, não é?
- Oh filho, que te fizeram? O que ainda não me contaste amor?
- Nada... deixa lá...
E pronto estamos neste pé...
As noites continuam muito complicadas, mas com a graça de Deus está a alimentar-se bem melhor.
Segunda vamos então tratar de tudo.
Quando for buscar as coisinhas dele acho que vou agradecer imenso a ajuda que me deram (estou a ser irónica ). Falei com eles vezes sem conta e tudo o que me disseram foi que era a adaptação, sem nunca se preocuparem se o meu filho andava lá o dia todo sem comer e sabe Deus mais como.
Sempre dei indicações para que não o obrigassem a comer, acho que é a pior coisa que se pode fazer e com o feitio que o meu filho tem encara a coisa muito mal. Descobri que apesar de todas as minhas indicações ainda há quem o tente obrigar. A minha reacção não foi a melhor, Segunda-Feira voltarei a falar do assunto, não no sentido de não o voltarem a obrigar porque ele não estará lá para o poderem fazer, mas no sentido de lhes mostrar o quanto prejudicam crianças como ele (mesmo assim tenho dúvidas que entendam, mas fica dito).
Obrigada a todos os que de uma forma me têm tentado ajudar, obrigada do fundo do meu coração.
De
miguel a 21 de Outubro de 2007 às 15:43
felicidades para si e para a criança. que tudo corra finalmente pelo melhor.
De Tiz a 22 de Outubro de 2007 às 00:22
Olá Luz
Fiquei muito contente com o desenrolar dos acontecimentos. Parece que tudo se desbloqueou no sentido de encontrares o melhor caminho. O que parecia muito complicado, como que por “magia”, torneasse simples – tudo ficou iluminado.
Fico mesmo feliz por ti e por o teu filhote.
Espero que tudo corra por o melhor… vamos falando.
Quanto ao outro assunto: penso que o outro sr. Ficou bem, foi hospitalizado, mas nessa mesma noite foi para casa.
Bjos, Tiz
De
Luz a 22 de Outubro de 2007 às 17:11
Olá Tiz!
Como estão os pesadelos do teu pequenino?
Bjs
Luz
De Tiz a 23 de Outubro de 2007 às 00:33
Olá Luz
Quanto aos pesadelos…Ando a estudar a relação dos acontecimentos que levaram aos pesadelos e parece que estou a chegar à causa-efeito, estão mais ao menos relacionados com a escola: ele adora a escola, a professora, até agora só se “queixou” de uma colega… um dia uns arranhões feitos por ela, outro dia um pontapé na cabeça e por aí… achei que a miúda era traquina e não valorizei, expliquei que devia ser sem querer…
Há duas semanas a professora trocou-lhe a colega de carteira… e a traquina foi para ao lado dele… combinamos se ela se portasse muito mal eu iria falar com a professora, mas as coisas pareciam tranquilas, ele nunca mais se queixou, eu vou-lhe perguntando, ele diz que ela se porta mais ao menos… ele continua a dizer: Adorei a escola, mas acho que o inicio dos pesadelos coincidem esta mudança de colega de carteira.
Vamos a toda a história: ele está muito bem na sala, quando chega à hora de dormir, vai para o quarto e volta aflito com uma dor (pode ser dor de cabeça, barriga, qualquer uma serve) quando lhe digo que está tudo bem… começa a chorar a dizer que já sabe que vai ter pesadelos…
Na quarta-feira perguntei-lhe o que é que ele achava que eu podia fazer para acabar com os pesadelos, resposta: dormir contigo… Depois confrontei-o com o facto de os pesadelos acontecerem apenas na nossa casa, quando dorme na casa da avó não se queixa dos pesadelos, então ele respondeu: então deixa-me ir viver com a avó. Disse-lhe que isso estava fora de questão e que ira pensar numa forma de resolver o problema.
No fim-de-semana ficaram todos com a avó (excepcionalmente fui passar o fds fora e deixei-os lá em casa logo na quinta à noite), quando chegou a hora de dormir… voltou agarrado à barriga, estava cheio de dores… a minha mãe não foi na conversa e perguntou-lhe o que se passava e depois de insistir ele lá resolveu dizer: é que não sei o que se vai passar quando eu morrer… a minha mãe quis saber de onde vinha a essa preocupação… ele lá foi dizendo que era a nova colega de carteira que estava sempre a falar da morte e que lhe metia medo. A minha mãe e o irmão lá o tentaram acalmar, dizendo que tinha de controlar esses pensamentos, quando esse pensamento aparecia tinha de o mudar para um que fosse mais agradável e parece que resultou, pois o resto das noites não tiveram mais história.
Regressei ontem à noite e com uma nova estratégia (nada como uma certa distancia para surgirem ideias “brilhantes”): comprei um móbil com uns peixinhos e uns sininhos (vulgarmente chamado espanta-espiritos), coloquei por cima da cama dele e dei-lh também a “pedra-magica” para ele pôr debaixo da almofada.
Disse-lhe que aqueles dois presentes eram para o proteger durante a noite…. parece que resultou (pelo menos a noite de ontem correu bem, apareceu na minha cama, mas só foi para os miminhos, disse que não teve nenhum pesadelo).
Hoje foi muito tranquilo para a cama (verificou se a “pedra-magica” continuava debaixa da almofada), vamos ver como vai correr a noite...
De qualquer das formas acho que devo falar com a professora…
Um beijo e desejo-te muita luz para amanhã que é um dia muito importante. Que tudo corra pelo melhor.
Tiz
De
Luz a 24 de Outubro de 2007 às 09:05
Olá Tiz ,
O meu filho passou um mau bocado com as agressões ao início do ano. Depois de falar inúmeras vezes com a professora e com a escola, mas apesar disso ele continuar a aparecer todo negro em casa, adoptei medidas drásticas, de manhã quando o levei à escola estive com muita atenção para entender como era a rotina das duas crianças que o agrediam. No dia seguinte apanhei-os sozinhos e sem ninguém me ver e ouvir disse-lhes com o maior sorriso na cara "a próxima vez que tocarem com um dedo que seja no meu filho quem vos põe todos negros sou eu, e se contarem a alguém o que acabei de vos dizer ainda ficam mais".
Resultado:
Felizmente funcionou, porque se não tivesse funcionado eu ficaria sem saber o que fazer, porque bater-lhes não ia , tive sorte e as crianças acreditaram, mas as ditas são de tal índole que arranjaram outras vítimas...
Espero que na escola em que está o teu filhote tenham sensibilidade para este tipo de situações, na escola onde o meu estava eram umas perfeitas bestas (desculpa o termo mas não arranjo outro) em relação a isto, partiam do principio que as crianças tinham de se defender, mas nem todos são agressivos, mal educados e sem princípios. Agora onde ele está não acredito ter problemas destes. São situações que me preocupam porque muitos deles começam a não querer ir para escola por causa de crianças destas, tanto lutamos para que os nossos filhos estejam bem e miúdos tão pequenos conseguem deitar tudo por terra...
bjs
Luz
Comentar post