O meu pequenino lá foi para a escolinha nova, no primeiro dia choramingou mas quando o fui buscar estava alegre e bem disposto.
Voltou a dormir, já dorme como sempre dormiu - toda a noite - hoje pela primeira vez este ano lectivo saiu de casa com o pequeno almoço no estômago - como é suposto - foi todo o caminho calmo e sereno sem se queixar de má disposição. Ainda não vomitou uma única vez esta semana.
Ainda só o deixo na escola no tempo de aulas, e tem vindo almoçar a casa, para a semana começa a ir às actividades, estou a fazer a adaptação aos bocadinhos.
A professora não tem nada a haver com a anterior, palavras dele. E não tem mesmo, com esta falo e com a outra era impossível, já para não falar do dia em que fui buscar as coisas dele... enfim, como ainda não tinha o deferimento na mão e por isso deixei umas quantas coisas por dizer e ainda não arrumei o assunto no meu cérebro. Pode ser que ainda a veja quando for reaver o que já tinha pago da alimentação...
Esta professora já tem uma forma de pensar diferente, uma coisa tão simples como o nome a outra fazia um bicho de 7 cabeças, isto porque em casa chamamos o nosso filho pelo segundo nome, embora ele saiba escrever os dois, só ouve o segundo, na pré também só o chamavam pelo segundo e quando é chamado pelo primeiro nem se lembra que se estão a dirigir a ele e esta situação era motivo para a outra criatura ralhar com ele... tanto que ainda tenho para lhe dizer.
Tenho uma grande dificuldade em lidar com o que não digo, se tivesse dito nem estava para aqui a falar disto, é como se o meu mal estar com a pessoa ou situação aumentasse, os pensamentos aumentam a minha raiva de pessoas destas existirem e de deixarem marcas nos nossos filhos. Marcas para a vida. Eu que o diga que também as tenho.
E ela está lá impune, a martirizar outras crianças como o meu, a marcar-lhes a infância, crianças que os pais não podem, não querem ou não se apercebem do que se passa. Crianças como eu fui, que guardam para elas o que as aflige sem contar seja a quem for. Crianças que crescem revoltadas como eu e que em adultas se tornam no que não tiveram coragem de ser na infância.
Desejo que tudo continue como está, que ele continue a adaptar-se sem dificuldade. Desejo que ele encontre a felicidade que eu nunca encontrei na primária, a felicidade que lhe permita ver a escola como um lugar divertido, calmo e seguro, onde se pode ter o privilégio de aprender e brincar, de ganhar asas, e que um dia possa ter a sensibilidade de reconhecer as dificuldades dos filhos (se os tiver) como nós tentamos ter para as dele, mesmo como ele não fala.
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