Hoje adormeci. Coisa rara mas de prever depois de 15 dias de férias e a recente mudança de hora.
Acordei bem, fui levar o miúdo à escola (onde já ia a carrinha aquela hora...) e fartei-me de rir com a maior anedota do ano, na escola da "desgraça" quem for apanhado com telemóveis ligados na aula vê-los-á confiscados e entregues à PSP ou Instituições de Caridade.
Parecia uma maluca a rir à gargalhada.
A mãe de um colega do meu filho percebeu porque me ria (o rádio ouvia-se bem) e começou a rir-se comigo, só hoje percebi que é Juiz, dizia ela que estamos bem enquanto a estupidez não for contagiosa mas que há diferença entre proibir e confiscar, diz ela que proibir podem mas confiscar e entregar a alguém que não seja o E.E. não, e mesmo assim... Como estou longe de ser advogada quanto mais Juiz, resta-me alegrar-me por as minhas ideias estarem praticamente de acordo com a lei. Diz ela que gostava de ver confiscarem o telemóvel ao filho. E depois eu é que sou doida...
Ontem para não me irritar mais com o tema, quando ouvi no noticiário que a professora coitadinha ainda não ia começar hoje a dar aulas porque ainda estava muito fragilizada, pobrezinha, resolvi ligar à minha mãe e pôr a conversa em dia. Acabamos por falar no assunto, parece que é difícil fugir. Bons professores são assim, não importa se pode haver destabilização de uma turma por ter outro professor no 3º período, o importante são as fragilidades que a própria criou. A minha mãe deu aulas antes de eu nascer e não se lembra de na altura haverem professores frágeis...
O meu marido deu uma ideia excelente quando lhe perguntei se tinha ouvido a notícia de confiscarem os telemóveis, disse ele:
Que tal se organizar uma campanha?
Uma campanha? - perguntei eu.
Sim, coitados dos professores não têm telemóveis decentes precisam de confiscar os dos alunos, muitos até se dão ao trabalho de criticar por haver alunos com topos de gama, pura dor de corno, acho que se calhar poderiamos organizar uma campanha de angariação de telemóveis. Pura campanha de solidariedade! - disse ele
Ihhh oh mor, eu é que costumo ter essas ideias, estás a ser mau, não vale fazeres-me concorrência. - disse eu
Pois é, mas estou farto. Vêm para aqui e criticam que estão muito tempo à espera, que estão doentes e que nunca mais são atendidos, que nós somos isto e aquilo... Mas quando tratam mal os nossos filhos não se lembram que precisam de nós e nós deles, que o mundo é assim mesmo, e que somos humanos e não máquinas de produção. P&%$ que os p&%$& estou farto! Batem nos nossos filhos, tratam-nos mal e depois quando estão a cair para o lado "ai ai preciso de ajuda" e porque tenho de ajudar, porque não os posso tratar como trataram os nossos filhos, porque não os posso deixar morrer? Já não tratavam mal mais ninguém!
Ainda à dias perguntei a um o que fazia, fez-me lembrar um que ouviste um dia, disse-me que deu aulas mas que agora esta no desrmprego por opção, come o dinheiro ao estado e não atura os filhos dos outros. E eu tenho de descontar para chulos??? - disse ele já passado com o assunto.
E pronto, por muito que seja radical tenho de admitir que a maioria dos pais pensa assim, pelo menos a maioria que já se cruzou com professores que jamais o deveria ser. No dia-a-dia ainda não encontrei ninguém que defendesse a professora da escola da "desgraça", o único sítio que houve defesa foi aqui no blogue. Até o meu marido me disse que no Universo imenso de pessoas com quem trabalha ainda não encontrou ninguém. A maioria opta pelo mesmo que o Renato já disse aqui, a aluna merecia uma chapada mas a professora também. Há um colega do meu marido que opatava por dar duas à professora em vez de uma. Uma pela luta com a aluna e outra pelo exemplo que não deu e deveria ter dado.
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