É fabuloso como nos agarramos a eles.
São em tudo diferentes das crianças que têm estabilidade emocional e familiar.
Como é possível o abandono?
Todos os dias, quando estou com eles, me questiono acerca do seu futuro.
Se por um lado tenho prazer em estar com eles por outro sofro, sofro tanto. Fico tão triste...
Todos nós conhecemos a realidade do abandono, sabemos que existe, mas poucos de nós lida com ela diariamente.
Eu nunca tinha convivido com isso diariamente, nunca me tinha apercebido que ao pé deles não sou a mãe do meu filho, mas sim a mãe de todos eles. Nunca me tinham pedido colo ou para lhes fazer totós no cabelo, nunca me tinham pedido ajuda para limpar as mãos não por não o saberem fazer mas porque é uma forma de terem atenção e carinho.
Hoje convivi com tudo isto, hoje chorei (não é difícil) e hoje fiquei mais rica, mais rica por saber que dei, dei amor sem receber, dei carinho a quem o valoriza.
Assim vemos que os nossos filhos, por norma, não dão o efectivo valor ao nosso mimo e ao que por eles fazemos, e certamente temos de agradecer a Deus por isso, pois em parte é bom sinal.
Dar aquele colo, mimo, atenção teve outro saber que continuar a saborear.
Tão pequenos e tão autónomos, porque têm de o ser, acho que foi o que mais me custou.
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