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Presente da Luz

Sou!

Pensamento II

Um pensamento

Diálogo

Esticar a corda

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Sábado, 3 de Novembro de 2007

Sou!

Um pouco em resposta a alguns comentários que me acham revoltada... sou sem dúvida!

Acho que por vezes até sou inadaptada, não sei, nem quero saber, lidar com a hipocrisia, o cinismo e pessoas mal formadas sem um pingo de humildade. Sou daquelas que nem abro a porta da minha casa a pessoas dessas. Casa é o meu canto, o local que só está aberto à paz (ainda assim não tenho tido muita), harmonia, amor, amizade, sinceridade... humildade. Fujo de tudo o que se oponha a isto.

 

Mas não fui sempre assim, tenho-me tornado à medida que fico mais velha.

Cresci (e agora vou falar disto porque surgiu o tema com um comentário que deixei noutro blog) com a ideia de que temos de ter algum "cinismo" porque a vida é mesmo assim, vi alguém muito próximo, demasiado próximo, a ter amigos hipócritas porque assim se tem acesso a outras coisas. Cresci e fui educada de que temos de ser de determinada forma, temos de nos relacionar com determinado tipo de pessoas porque só assim a vida é boa. Cresci a dizerem-me que tenho de me dar com pessoas do meu meio e só do meu meio, o tal meio em que cresci. Cresci a ouvir que temos de ter uma licenciatura e nem nos pode passar pela cabeça não ter, se é tirada ou comprada tanto faz isso não interessa nada. Cresci a saber que para entrar na faculdade bastava acrescentarem uma secretária, cresci a dizerem-me que não me posso comparar com os outros só os outros iguais a mim, cresci a saber que a hipocrisia é o caminho, o único possível para as pessoas do meio. Cresci a perguntarem-me onde tinha arranjado este ou outro amigo, o que faziam os pais (importante fazer da amizade... o que faziam os pais... enfim), cresci como princesa, princesa que não gostava do reino, princesa que não queria o trono. E é aqui que surge a minha revolta, é aqui que ela se começa a formar! (o que não me parece difícil de compreender depois destas linhas)

 

A minha índule... alguém olhou para ela? Alguém se preocupou se eu nasci ou não a gostar e querer viver assim? Só uma pessoa, a minha maravilhosa mãe, todos os outros não!

 

Fugi de tudo.

Procurei sempre pessoas normais, fora do meio hipócrita. Procurei o mundo das pessoas que lutam pelos seus próprios meios, procurei pessoas que tivessem entrado na faculdade porque estudaram, entrei na faculdade pelos meus próprios meios e não porque colocaram uma secretária para mim, trabalho não é com cunhas mas porque consegui o lugar pelas minhas capacidades. Com isto ganhei um novo título... a menina que quis ser diferente, é do contra coitada!

 

Com esta "fuga" descobri outro tipo de pessoas. As pessoas que nunca conheceram o lado de lá mas que a ele gostavam de pertencer, as pessoas que nem sequer imaginam de onde venho e me tratam com arrogância e superioridade, mas que infelizmente nem oportunidade tiveram de terminar o ensino secundário. Pessoas que se acham importantes e nem imaginam a forma como me educaram para as tratar. Pessoas sem um pingo de humildade mas que a suas vidas e da família podem estar neste momento a ser decidida por pessoas que me são tão próximas. Pessoas para as quais olho e penso... coitada(o) se soubesses...

Isto agora leva-me a outra coisa, ao meio termo. Continuo a não querer para a minha vida o meio onde fui educada, mas também não quero o oposto. Se não consigo viver rodeada de hipocrisia também não consigo rodear-me de pessoas com aspirações a importantes. Acho que estes são os que mais me revoltam. Porque os outros são arrogantes e podem sê-lo, estes são arrogantes e... e? E não são nada, Têm toda a sua vida comandada por outros!

 

No fundo o que se está a passar é que não me consigo ligar à minha origem, mas no fundo também não me consigo desligar totalmente, contudo não tenho amigos hipócritas, sei pedir desculpa, sei pedir ajuda, sei respeitar (eu acho que sei), tenho um respeito profundo pelas minorias, pelas pessoas humildes, pelas pessoas que nada podem mas que não passam a vida a lixar o próximo para poderem dizer que fizeram. São estes os merecedores do meu respeito, amizade, carinho, amor, lealdade. São estes que quando precisamos efectivamente estão lá. É com eles que podemos contar.

 

Não sou hipócrita, não me podem intitular de tal, porque tenho a humildade suficiente para admitir que quando tenho ataques de revolta, de fúria até, quando magoam as pessoas que amo, quando lhes tentam lixar a vida, penso, admito que penso:

Porque fujo eu da minha origem? Num instante punha esta gente no lugar...

Mas logo de seguida penso que não vou ser igual a eles, mas melhor, muito melhor, a vida se irá encarregar de lhes mostrar o quanto erraram...

 

Não posso mudar o Mundo, no fundo sei disso, mas ir tentando não custa.

 

 

Nunca falei tanto de mim... vamos lá ver no que vai dar este post...

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Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007

Pensamento II

Hoje estou sem coragem de te acordar mas ao mesmo tempo cansada de ouvir o nosso filho rabujar... que mais posso fazer para lhe explicar? Não quero como desculpa que há muitas crianças que também estão dias sem ver os pais, embora isso me preocupe não me cabe a mim resolver.

Raramente aqui vens, não sei quando irás ler isto, mas sabes que dia é hoje? O teu filho viu-te pela última vez na Segunda e hoje está a ver-te dormir.

Continuas a achar que é vida?

O meu amor é a única coisa que me faz ir aguentando isto... mas até quando? Por mim não passava de hoje...

 

Estou a encher, o pior é quando transbordar... transbordar esse que tão bem conheces.

 

Há coisas que podem valer o esforço, não me parece que essa seja uma delas. Não te esqueças que o esforço não é só teu, estás a sacrificar terceiros, em especial o teu filho. Parece-te merecedor?

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Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007

Um pensamento

Por vezes detesto-me por não conseguir gerir a minha revolta, por não ser capaz de a controlar. Não consigo que as situações me passem ao lado como se nada fosse. As frases feitas "a vida é assim... tem de ser" para mim não existem. A vida é o que fazemos dela e o que mais me afecta não é o que eu faço da minha vida, mas o que fazem da minha vida, isto porque quando não vivemos sozinhos a vida de quem nos rodeia afecta-nos directa ou indirectamente. E é aqui que entra a minha revolta.

 

Não me digam que a aceitação é um acto de amor, pois se o é então terá de funcionar para os dois lados. Ora aqui gera-se um incongruência, é impossível, quando as vontades são diferentes, até oposta, há sempre uma que fica para trás... ignorada.

 

 Será que chegou a altura de escolher?

 

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Domingo, 7 de Outubro de 2007

Diálogo

- Está quase a terminar o fim de semana...

- Pois está... está a ser bom não está? Foi bom ter-mos decidido ficar em casa, descansamos um bocadinho...

 

- Amanhã lá vou eu...

- Eu sei...

 

- Eu gosto do que faço, tu sabes, mas nunca tinha trabalho com pessoas assim.

- Falei disso no meu blog...

- Foi?

- Foi!

- Desculpa não é por mal, mas eu não tenho paciência para blogs...

- Eu sei, eu não me importo.

 

- Mor, há pessoas que nunca se deveriam casar...

- Se há...

- O que será que pensam que o casamento é?

- Porque estás a dizer isso? Que se passou?

- Há um colega meu, o J...

- Ah sim sei... esse...

- Chegou lá e disse que ia casar...

- Ele? Mas ele não anda também a fazer não sei o quê com uma colega?

- Sim... diz que ainda não sabe exactamente a data mas vai casar... com a namorada... a oficial...

- Ah, vai casar com a namorada, que todos os dias está com a amante dele, mas não sabe ou faz que não sabe...

- Isso...

- Muita confusão para o meu cérebro... continua... não é só isso que te está a incomodar...

- Entretanto ele diz: "agora tenho de ver se deixo de estar com a outra não vá ter algum azar..."

- ........ ahhhhhhhhhh

- E a  S diz na maior da calmas...

- Espera a S é a P...

- Sim isso, ela diz-lhe "só precisas de pensar em deixar a outra uns 3 meses antes do casamento..."

- uhhhhhhhh ... pois... mas sabes que vindo dela não me espanta, basta olhar para a vida dela, para o que ela conta sem qualquer pudor...

- Mas tudo isto me mete nojo...

- Nojo?

- Sim nojo... eu poderia trabalhar com pessoas destas e não saber, por elas não contarem isto para todos ouvirem, mas falam disto como se estivessem a dizer que vão fazer um churrasco...

 

 (silêncio)

 

- Eu sei que me tornei asneirento desde que lá estou, mas aquela treta satura...

- Mas não tens de ser, tu não eras assim.

- Eu sei mor desculpa.

- Eu não quero que peças desculpa quero que penses nas alterações... ouve, já chegaram ao cúmulo de te contar como aldrabam as mulheres com os horários, por exemplo,  e tu nunca o fizeste...

- Eu não sou assim!

- Eu sei por isso é que casei contigo...

 

 

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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007

Esticar a corda

A corda não é elástica...  esticada rebenta...

 

Quando me casei, casei com um marido que tinha um emprego das 9 às 18h, Segunda a Sexta e tempo para a família. As pessoas com quem trabalhava tinham, na maioria, estilos de vida idênticos, conceitos idênticos e as que tive oportunidade de conhecer eram de fácil trato.  Dificuldades e situações menos agradáveis todos nós temos nos nossos empregos, aquele não era excepção, mas nada que justificasse ser tema de conversa ao serão por mais de 10 minutos.

 

Um dia cometi um enorme erro, aquando questionada acerca da hipótese de mudança acedi, acedi porque não me acho no direito de interferir num sonho, e se havia oportunidade de o concretizar... porque não?!

 

Que fui eu fazer... hoje sofro a consequência de ter apoiado esta mudança.

 

O tempo para a família não é o mesmo, já não existe horário de Segunda a Sexta e muito menos das 9 às 18h. O nosso filho sente cada vez mais a ausência chegando a ficar em choro nas ausências de fim-de-semana. Por vezes não consegue sequer ver o pai, quando um chega a casa já o outro saiu e vice versa.  As pessoas que lá trabalham não têm, na maioria, estilos de vida idêntico, pelo contrário, na sua maioria a família está depois, os conceitos também não são idênticos (o conceito de família para a maioria é quase nulo), e muito por opção própria ainda só tive oportunidade de conhecer um na escrita (só me apercebi pelo perfil) e pessoalmente apenas duas delas, estas duas são de trato fácil, mas na sua maioria não o são, ou talvez sejam, mas não para o meu feitio. As situações menos agradáveis, essas acontecem praticamente todos os dias.

 

Razões para não querer conhecer?  Simples, as atitudes de muitos, situações que já vi e ouvi, não permitem sequer que me sinta na disposição de querer quaisquer contactos.

 

O meu marido e eu somos muito diferentes, eu sou muito mais selectiva e tenho muita dificuldade em dar confiança.  Ele dá a todos, mais tarde retira se verificar que se aproveitaram dela.

 

Eu encaro como meu tudo o que seja dirigido à minha família, magoa-me muito mais que os magoem do que me magoem a mim. Há situações que o meu marido esquece, perdoa e tenta ignorar.  Eu esqueço, perdoo o que me fazem, mas o que façam à minha família eu não consigo.  Acho que com isto sofro ainda mais que os próprios.

 

O casamento também sofre com tudo isto. Não um sofrimento que provoque ruptura, nada disso, certamente por ter uma base sólida de quase uma década e por estar muito assente na amizade (acima de tudo), mas quando ambas ou alguma das partes não está em harmonia há sempre sofrimento. Eu refilo, refilo muito para tentar que haja alguma estabilidade horária... eu sei que refilar não dará o melhor ambiente, mas não é defeito é feitio... espero uma oportunidade... uma oportunidade que permita mudança...

 

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